quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ministras querem incluir políticas de gênero e racial no PNE

As ministras Iriny Lopes, da Secretaria Especial das Mulheres; e Luiza Helena Bairros, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, defenderam nesta quarta-feira (1º) a inclusão de metas de combate às desigualdades de gênero, racial e por orientação sexual no Plano Nacional de Educação (PNE 2011-2020). Segundo as ministras, que participaram de audiência na comissão especial do PNE para debater o tema, as escolas brasileiras ainda refletem a carga de preconceito e discriminação histórica que existem na sociedade contra as mulheres, negros e homossexuais.

As ministras apresentaram à comissão uma série de emendas propondo a inclusão das questões de gênero e racial nas metas do PNE que dizem respeito à formação de professores, cotas de vagas nas escolas profissionalizantes para estudantes do sexo feminino, inclusão de conteúdo de gênero e racial no currículo escolar, entre outras. "Esperamos que o PNE seja capaz de reverter o lado perverso das estatísticas que ainda apontam para uma desigualdade de gênero, racial e social neste país", afirmou a ministra Luiza Bairros.

As sugestões das ministras, afirmou o relator do PNE, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) são bem vindas e deverão contribuir para o aprimoramento da proposta do PNE. "É importante que as políticas de educação levem em conta as ações desenvolvidas nas secretarias de políticas para as mulheres e de promoção da igualdade racial. Não há dúvidas de que as políticas educacionais são indispensáveis à superação dos preconceitos e as desigualdades que temos no país", afirmou. A comissão já recebeu 680 emendas ao texto. O prazo para apresentação de emendas se encerra nesta sexta-feira (3).

A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) parabenizou as ministras pelas iniciativas e ressaltou que o PNE é uma excelente oportunidade para que as questões de gênero, racial e de orientação sexual sejam incorporadas às políticas educacionais do país. "Quero me associar ao pleito apresentado pelas ministras. A escola é chão sagrado, não pode reproduzir o preconceito e a discriminação racial existente na sociedade. As escolas não podem fechar mais os olhos para essa situação, por isso é fundamental que o PNE dialogue com a diversidade da sociedade brasileira", defendeu.

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